A proporção de eleitores com voto facultativo nas eleições deste ano é a mais baixa pelo menos desde 2002, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dos mais de 147 milhões de pessoas aptas a votar no pleito de outubro, 17,9 milhões se enquadram no voto facultativo, o que corresponde a 12,1% do eleitorado.
De acordo com a Constituição, o voto é facultativo para os analfabetos, eleitores com 16 ou 17 anos e 70 anos ou mais. Estes cidadãos não precisam se registrar e, caso o façam, seu voto não é obrigatório.
Nas eleições de 2002, o percentual de eleitores com voto facultativo era de 13,5%. Houve queda em todas as eleições presidenciais desde então: em 2006, 2010 e 2014, até chegar aos atuais 12,1%. A maior baixa foi registrada entre os eleitorados de 2010 e 2014 (uma diferença de 0,7 ponto percentual). Não é possível fazer uma análise anterior a 2002 por falta de informações precisas na base de dados sobre o grau de escolaridade dos eleitores.
Um dos fatores que podem explicar a queda neste percentual é a mudança na composição sociodemográfica do país. O número absoluto e o percentual de eleitores com 70 anos ou mais cresceu no período analisado, passando de 5,8% (quase 6,7 milhões de eleitores) do total em 2002 para 8,2% (cerca de 12 milhões de eleitores) do conjunto de eleitores aptos a votar em 2018.
Natália Aguiar, doutoranda em ciência política na UFMG, aponta que "o aumento do número de idosos [70 anos ou mais] aptos a votar reflete o envelhecimento da população que já era registrada para votar, por causa do voto obrigatório". Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro ao nascer passou de 69,8 anos em 2000 para 75,8 anos em 2016, último ano disponível.
A queda no número absoluto e na proporção de eleitores que constam como analfabetos nos cadastros do TSE também pode ser apontada como um dos motivos para a diminuição do percentual de voto facultativo no país nas últimas eleições. Em 2002, 7,2% do eleitorado apto a votar era analfabeto, o que correspondia a 8,3 milhões de pessoas. Já em 2018, esse percentual caiu para 4,5% dos eleitores, ou aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a taxa de analfabetismo da população brasileira com 15 anos de idade ou mais caiu de 11,9% em 2002 para 8,1% em 2014 (os dados de 2018 ainda não foram divulgados).
Os eleitores com 16 e 17 anos também diminuíram nas últimas eleições, tanto proporcionalmente, quanto em números absolutos. Como esta parcela do eleitorado representa apenas 1% das pessoas aptas a votar no Brasil neste ano, porém, o impacto é menor que a queda de analfabetos.
De acordo com a Constituição, o voto é facultativo para os analfabetos, eleitores com 16 ou 17 anos e 70 anos ou mais. Estes cidadãos não precisam se registrar e, caso o façam, seu voto não é obrigatório.
Nas eleições de 2002, o percentual de eleitores com voto facultativo era de 13,5%. Houve queda em todas as eleições presidenciais desde então: em 2006, 2010 e 2014, até chegar aos atuais 12,1%. A maior baixa foi registrada entre os eleitorados de 2010 e 2014 (uma diferença de 0,7 ponto percentual). Não é possível fazer uma análise anterior a 2002 por falta de informações precisas na base de dados sobre o grau de escolaridade dos eleitores.
Um dos fatores que podem explicar a queda neste percentual é a mudança na composição sociodemográfica do país. O número absoluto e o percentual de eleitores com 70 anos ou mais cresceu no período analisado, passando de 5,8% (quase 6,7 milhões de eleitores) do total em 2002 para 8,2% (cerca de 12 milhões de eleitores) do conjunto de eleitores aptos a votar em 2018.
Natália Aguiar, doutoranda em ciência política na UFMG, aponta que "o aumento do número de idosos [70 anos ou mais] aptos a votar reflete o envelhecimento da população que já era registrada para votar, por causa do voto obrigatório". Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro ao nascer passou de 69,8 anos em 2000 para 75,8 anos em 2016, último ano disponível.
A queda no número absoluto e na proporção de eleitores que constam como analfabetos nos cadastros do TSE também pode ser apontada como um dos motivos para a diminuição do percentual de voto facultativo no país nas últimas eleições. Em 2002, 7,2% do eleitorado apto a votar era analfabeto, o que correspondia a 8,3 milhões de pessoas. Já em 2018, esse percentual caiu para 4,5% dos eleitores, ou aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a taxa de analfabetismo da população brasileira com 15 anos de idade ou mais caiu de 11,9% em 2002 para 8,1% em 2014 (os dados de 2018 ainda não foram divulgados).
Os eleitores com 16 e 17 anos também diminuíram nas últimas eleições, tanto proporcionalmente, quanto em números absolutos. Como esta parcela do eleitorado representa apenas 1% das pessoas aptas a votar no Brasil neste ano, porém, o impacto é menor que a queda de analfabetos.
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